TEMA: “FAMÍLIA FIRME EM TEMPOS DE CRISE”.
Texto Básico: MAT 6:24-27
Introdução: O tema família será sempre objeto de estudo e ocupação para os cristãos. Afinal de contas, precisamos conhecer as orientações divinas sobre o assunto e, também, investir o que for necessário para a formação sadia da família, procurando entender a família nos tempos de crises e analisar a melhor forma de nos prepararmos para enfrentar dias tão difíceis.. Quero nesta oportunidade abordar três aspectos que acho ser importante e relevante para o momento: um novo tempo para a familia, a famua dante da perda dos valores e a era do relaconamento descartavel. Por peço sua atenção durante os próximos minutos e espero que o Senhor Deus possa falar ao seu coração nesta oportunidade.
I - UM NOVO TEMPO PARA A FAMILIA. (Efésios 6.10-18).
O fato é que o “ser família” hoje é bem diferente do que o foi no passado. E não estamos nos reportando a um passado remoto, não. Estamos falando de pouco mais de duas décadas atrás, quando a família experimentava um outro tipo de modelo. Hoje, vive-se um novo tempo para a família, e é para dias como esses que precisamos estar bem preparados; sabendo responder com “mansidão e temor” a quem queira saber a “razão da esperança” que há em nós (I PE. 3.15). A família é de fundamental importância para a preparação do indivíduo para a vida e, como cristãos, não podemos dispensar seus favores.
1-A FAMÍLIA EM FACE DA MODERNIDADE:
Os novos valores, a industrialização crescente, a busca desenfreada por progresso, as doutrinas humanistas e materialistas, a ode a um tipo de liberdade que se opõe à moral cristã, tudo isso contribuiu para desajustes internos que levaram a uma nova formulação do “ser família” e, em muitos casos, a perdas irreparáveis para aqueles que não conseguiram se adequar aos novos tempos. Quero destacar estes fatores: 1. Perda do referencial; 2. Superficialidade; 3. Descompromisso; 4. Competitividade; 5. Urgência.
1-UMA SOCIEDADE EM CONSTANTE MUTAÇÃO:
Uma outra marca dos tempos modernos é a sua facilidade em promover mudanças rápidas. Esta mutabilidade apressada também provoca desajustes internos na família, visto que esta possui um perfil mais conservador e caracteriza-se por ser um espaço de afirmação de valores. Mas a sociedade moderna não está preocupada com isto, principalmente em se tratando de valores e princípios cristãos, que para o mundo são inibidores do prazer e da satisfação pessoal. Quero destacar estes fatores: 1. A rápida obsolescência dos equipamentos; 2. O avanço avassalador da tecnologia; 3. A rejeição angustiante aos valores morais.
II - A FAMILIA DIANTE DA PERDA DOS VALORES. (2 Cor. 6.11-18)
O mundo vive um momento de total descontrole sobre a aplicação e vivência de princípios e valores nas relações sociais. Ninguém quer receber instrução e ninguém quer ser taxado de “chato” por querer organizar disciplinar ou manter as bases da boa convivência. Há um alto preço a se pagar, inclusive nas próprias igrejas. As instituições que deveriam ser reguladoras da ordem e da boa conduta sucumbem diante do caos imperante. A família transferiu para a igreja a responsabilidade da educação religiosa, e a igreja, em muitos casos, faz o jogo do sistema e não quer manter firme a sua conduta cristã, abrindo brechas para o inimigo. Já no livro de Deuteronômio temos a instrução divina acerca do zelo que a família deve ter na preservação da fé em Deus e da experiência religiosa: “E estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando. (Dt. 6.6-7).
1 - RECONHECENDO OS DESVALORES DO MUNDO PRESENTE:
Diz-se que “uma nação está condenada a repetir os seus erros, se não conhecer a sua história”. Muitos crentes querem “tapar o sol com a peneira”, dizendo que os tempos modernos são outros, e que os nossos jovens e adolescentes precisam de mais espaço para respirar suas idéias e valores. Conheço muitos pais que se arrependem amargamente disto, ao verem hoje seus filhos nas drogas, com lares desfeitos e fora da igreja, porque eles, pais, não souberam reconhecer a maldade do mundo e pôr limites em suas vontades, O que a psicologia pregava sobre a não-recriminação, hoje ela ensina ao contrário: saiba estabelecer limites! Vivemos uma era de amplas possibilidades. Na sociedade em que vivemos, houve uma inversão de valores, em que o certo passou a ser o errado e vice-versa.
2- A IMPORTÂNCA DE SE ESTAR FIRMADO EM PRINCIPIOS: Concluímos, então, pela importância de se estar fundamentado em princípios e valores normativos que sirvam de balizamento para que os membros da família possam pautar suas ações e ancorar seus ideais,
Que princípios, para a família, seriam estes, à luz das Escrituras Sagradas?
1. O princípio do respeito mútuo; — Uma boa convivência na família não prescinde do respeito para poder existir. O respeito deve existir tanto entre cônjuges, quanto de pais para filhos e destes para com seus progenitores (Is 9.15; Mc 12.6).
2. 0 princípio da obediência à liderança — Este é um princípio muito desgastado nas famílias hodiemas. A obediência a qualquer tipo de liderança começa no lar (Ef 6.1-9). Pais que não se dão ao respeito, que não exercem uma autoridade com amor, que não disciplinam seus filhos com compaixão, que se tomam verdadeiras marionetes nas mãos de abusadas crianças sem limites, estão pondo a perder o futuro de seus filhos. Costumo dizer que é melhor usar a “vara” em casa, do que deixar os filhos apanharem da vida. Em casa a disciplina será com amor. Na vida, a correção virá cruel, em forma de vingança, implacável e sem apelação.
3. 0 princípio do amor sincero — Como não poderia deixar de ser, não pode faltar o amor na família. O amor agápe, despojado, incondicional. Amor doador, de entrega, que se espelha no próprio Cristo, que vê no outro o alvo das atenções. Aquele amor, que não espera nada em troca, amor altruísta, visionário, cheio de renúncias e interesses solidários (I Co. 13.1-13). Amor sem desconfiança, sem competitividade sem outros interesses menores. Somente o amor é capaz de fazer do lar um espaço de vitória, de prazer. Irmãos, pais e filhos que se amem cooperam para o crescimento auto sustentado da família, do ponto de vista do amparo e proteção emotiva. E num mundo tão destrutivo e estéril em que vivemos, nada melhor do que um lar assim estabelecido.
3 - CUIIDADO PARA CAIR NAS ARMADILHAS DE SATANÁS.
Estamos falando de uma diferença crucial existente entre os padrões espirituais de conduta e a prática do mundo moderno. Definitivamente não há comunhão entre a luz e as trevas (2 Co 6.14-18), e as famílias cristãs precisam se precaver contra as astutas ciladas do inimigo, visando derrotá-la. A primeira família caiu, porque desobedeceu a Deus, enganada que fora pela serpente, iludida por suas promessas e fantasias (Gn 3.1-7). A função do diabo é esta: mentir, enganar, perverter, falsificar, ludibriar, mudar a aparência, tornar o bom ruim, e o ruim bom. Muitas famílias têm se deixado levar pelas falsas aparências de santidade de pessoas; espiritualidade de certas práticas religiosas; boa intenção de certos apelos; qualidade de alguns produtos; honestidade de alguns programas etc. Devemos olhar com os olhos de Deus: “O Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Sm 16.7). Muitos pais são extremamente ingênuos em conduzir seus filhos. Estão sendo por eles ludibriados e posam de amigos dos meninos, quando os mesmos os estão passando para trás. A recomendação de Tiago é atualíssima para os pais: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus” (1.5).
III - A ERA DO RELACONAMENTO DESCARTAVEL (Jeremias 31.3)
Uma marca cruel dos tempos em que vivemos é a superficialidade dos relacionamentos. As pessoas se tornam, forçosamente ilustres desconhecidas, já que as relações sociais são restringidas ao mínimo necessário para a sobrevivência. Esta abordagem, que mostra a vivência superficial dos relacionamentos, revela que tal comportamento atingiu também a família. Casamento passou a ser não mais aquele compromisso “até que a morte separe”, mas “até que surja uma nova opção”. Com isso, a família saiu prejudicada e o futuro passou a correr o risco de tornar-se mais sem sabor para aqueles que, de alguma forma, continuam acreditando na família e têm de lutar contra os novos conceitos, novos valores e novas formas de “ser família” dos tempos modernos.
1- OS PERIGOS DE UMA SOCIEDADE VOLTADA PARA O PRAZER.
A busca desenfreada e irrefletida do prazer tem absorvido, em grande escala, o que o ser humano tem de melhor: criatividade, saúde, espontaneidade laços familiares, espiritualidade. E o ser humano não tem se dado conta disto. E bíblico: “O homem natural não compreende as Coisas que são do Espírito de Deus” (I Co 2.14). Assim sendo, este hedonismo leva as pessoas para mais perto de um mundo imoral, em que as velhas crenças e os velhos valores são postos de lado. A indústria do entretenimento, que visa oferecer prazer às pessoas. Não há nenhum tipo de compromisso com as verdades bíblicas.
Outra marca típica destes tempos em que se experimenta relacionamentos descartáveis é a presença quantitativa de casamentos que são celebrados por interesses outros que não o amor. Este sentimento antigo chamado de “amor” tem sido descartado por muitos que aventuram-se no casamento. Para estes, casamento é realmente uma aventura e não um compromisso. Se der certo, tudo bem; se não der, parte-se para outra.
Mas o fim de casamentos celebrados sem amor é a ruína, à semelhança da sorte do ímpio (SI 1.6). Beleza, riqueza, destreza, têm sido “qualidades” buscadas no outro para o estabelecimento de relacionamentos que culminem em casamento.
2 - A PROBLEMÁTICA DO DIIVÓRCIO.
A drástica conseqüência de tudo o que temos visto sobre esta era de relacionamentos descartáveis é o aumento agressivo de separações de casais. A superficialidade, a falta de amor, o Descompromisso dessa geração, desemboca na cruel realidade do divórcio que destrói famílias, agride filhos e provoca rupturas difíceis de serem corrigidas. Todo líder, que é espiritual, deverá ir até as últimas conseqüências para salvar um casamento à beira da ruína. Reiteramos que o projeto original de Deus para o casamento é a sua indissolubilidade, um casamento para sempre (Mt 19.6), e que isto continua sendo válido para nossos dias, mas que, por causa da dureza dos corações humanos (Mt 19.8), nossos pecados, Deus permite que haja uma válvula de escape, a cláusula exceptiva mencionada por Jesus (Mt 19.9) para contribuir com ministrações de misericórdia aos que estejam enfrentando tais problemas. Trata-se de assunto sério, que não podemos tratar com leviandade, muito menos sem amor, a fim de que se busquem as melhores soluções de Deus.
CONCLUSÃO: Vimos nesta oportunidade uma série de desafios para a família nos dias atuais. Qual será a sua posição ante a este fatos? Diante disto é preciso afirmar que: À família precisa valorizar a espiritualidade. Em um mundo que valoriza o material e o que satisfaz ao corpo, a família precisa valorizar o espiritual, investindo na comunhão com Deus.
A família precisa fundamentar-se no amor. A família não pode abrir mão do amor como amálgama a unir seus membros. Espelhar-se em Deus e no seu amor incondicional deve ser busca constante (Rm 5.8).
A família precisa estabelecer-se em laços de compromisso. O compromisso de amparar, zelar, investir, amar, cuidar e proteger a família não deve ser posto de lado. Todos os membros da família precisam contribuir para seu sucesso.
Á família precisa acreditar em sua durabilidade. De fato, o que Deus uniu, homem nenhum pode separar (Mt 19.6). A família deve acreditar neste princípio da indissolubilidade do casamento e investir o que for necessário para a sua edificação.